De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” — PAULO. (Romanos, 14:12)
Escutarás muita gente falar de compreensão e talvez que, sob o reflexo condicionado, repetirás os belos conceitos que ouviste, através de preleções que te angariarão simpatia e respeito.
Entretanto, se não colocares o assunto nas entranhas da alma, situando-te no lugar daqueles que precisam de entendimento, quase nada saberás de compreensão, além da certeza de que temos nela preciosa virtude.
Falarás da paciência e assinalarás muitas vozes, em torno de ti, referindo-se a ela, no entanto, se no imo do próprio ser não tens necessidade de sofrer por algum ente amado, muito pouco perceberás, acerca de calma e tolerância.
Exaltarás o amor, a bondade, a paz e a união, mas se nas profundezas do espírito não sentires, algum dia, o sofrimento a ensinar-te o valor da nota de consolação sobre a dor de que te lamentas; a significação da migalha de socorro que outrem te estenda em teus dias de carência material; a importância da desculpa de alguém a essa ou àquela falta que cometeste e o poder do gesto de pacificação da parte de algum amigo que te restituiu a harmonia, em tuas próprias vivências, ignorarás realmente o que sejam entendimento e generosidade, perdão e segurança íntima.
Seja qual seja a dificuldade em que te vejas, abstém-te de carregar o fardo das aflições e das perguntas sem remédio.
Penetra no silêncio da própria alma, escuta os pensamentos que te nascem do próprio ser e reconhecerás que a solução fundamental de todos os problemas da vida surgirá de ti mesmo.
Ceifa de Luz- Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
Vivência
Habitualmente perdemos tempo em desgosto inútil, quando nos achamos em antagonismo com alguém ou vice versa.
Entretanto vejamos:
Os outros pensam segundo imaginam;
Falam o que melhor lhes parece;
Fazem o que lhes ocorre aos desejos;
Valorizam o que mais amam;
Inclinam-se para aquilo que os atrai;
Vivem com quem mais se afinizam;
Estão no caminho que escolheram.
Isso não é novidade. Todos seguimos diretrizes idênticas; agimos como somos e reagimos conforme a própria vontade. A novidade é reconhecer que os outros e nós teremos inevitavelmente o que fizermos.
Alcançando a certeza disso, vale, acima de tudo, auxiliarmo-nos reciprocamente, pois ninguém consegue aperfeiçoamento próprio senão a custa de numerosas experiências.
Vivamos com as nossas lições, mantendo a consciência em paz, e deixemos aos outros o seu próprio dom de aprender e viver.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
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