“Cada vez que oramos para a Deusa, para mais perto que nós a trazemos, e quanto mais ela se aproxima, mais descobrimos que, na verdade, ela nunca esteve em outro lugar.”
A Deusa em mim habita em suas três diferentes formas.
Quando a Lua cresce no céu, sou Ártemis dos bosques. Busco os caminhos virgens e neles mostro minha força em cada ramo. Sou Ártemis quando busco os montes e anseio por novos rumos, quando repudio os limites e não existe o medo. Sou Ártemis quando me lanço sem amparo do cume feito com todas as pedras, que tentam, inúteis, bloquear meus atos deliciosamente insanos. Assim sou Ártemis.
Quando no céu a Lua é cheia, sou Deméter de coração e olhos. Busco o amor imensurável e ofereço aquele que habita em meus infinitos braços. Sou Deméter quando procuro meu filho em cada ser, quando quero ser Ave Mãe e ninho em um só tempo. Sou Deméter quando meu colo se torna porto e suplica dolorosamente, pelo lançar de âncoras de todas as embarcações. Assim sou Deméter.
Quando a Lua míngua, sou Hécate de toda a escuridão. Busco a linguagem da alma e descubro ser eu mesma tudo aquilo que me ameaça. Sou Hécate quando a solidão importa e quando o fim torna-se causa e razão. Sou Hécate quando penso na morte e encontro o que sou antes de tornar-me outra. Assim sou Hécate.
E assim a Deusa em mim habita em suas três diferentes formas.
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