"Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo."
- Jesus. (MARCOS, 13:33.)
Marcos registra determinada fórmula de vigilância que revela a nossa
necessidade de mobilizar todos os recursos de reflexão e análise.
Muitas vezes, referimo-nos ao "orai e vigiai", sem meditar-lhe a
complexidade e a extensão.
É indispensável guardar os caminhos, imprescindível se torna movimentar
possibilidades na esfera do bem, entretanto, essa atitude não dispensa a
visão com entendimento.
O imperativo colocado por Marcos, ao princípio da recomendação de Jesus, é
de valor inestimável à perfeita interpretação do texto.
É preciso olhar, isto é, examinar, ponderar, refletir, para que a vigilância
não seja incompleta.
Discernir é a primeira preocupação da sentinela.
O discípulo não pode guardar-se, defendendo simultaneamente o patrimônio que
lhe foi confiado, sem estender a visão psicológica, buscando penetrar a
intimidade essencial das situações e dos acontecimentos.
Olhai o trabalho de cada dia.
O serviço comum permanece repleto de mensagens proveitosas.
Fixai as relações afetivas. São portadoras de alvitres necessários ao vosso
equilíbrio.
Fiscalizai as circunstâncias observando as sugestões que vos lançam ao
centro dalma.
Na casa sentimental, reúnem-se as inteligências invisíveis que permutam
impressões convosco, em silêncio.
Detende-vos na apreciação do dia; seus campos constituídos de horas e
minutos são repositórios de profundos ensinamentos e valiosas oportunidades.
Olhai, refleti, ponderai!... Depois disso, naturalmente, estareis prontos a
vigiar e orar com proveito.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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