sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quase acreditei

Quase acreditei que não era nada

ao me tratarem como nada.

Quase acreditei, que não seria capaz

quando não me chamavam,

por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei que não sabia

quando não me perguntavam

por acharem que eu não sabia.

Quase acreditei ser diferente entre tantos iguais,

entre tantos capazes e sabidos,

entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora

quando me deixavam de fora

porque...

Que falta fazia?

E, de quase acreditar, adoeci

Busquei ajuda com doutores, mestres, magos

e querubins.

Procurei a cura em toda parte e

ela estava tão perto de mim.

Me ensinaram

a olhar para dentro de mim mesmo

e perceber que sou exatamente, como os iguais

que me faziam diferente.

E acreditei profundamente em mim.

E tenho como dívida com a vida

fazer com que cada ser humano se perceba,

se ame, se admire,

como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci:

acreditando!

Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.

E, por acreditar perdi o medo de dizer,

de falar, participar,

e até de cometer enganos.

E, se errar?

Paciência.

Continuo vivendo por isso aprendendo.

Errar é humano!

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