Quase acreditei que não era nada
ao me tratarem como nada.
Quase acreditei, que não seria capaz
quando não me chamavam,
por acharem que eu não era capaz.
Quase acreditei que não sabia
quando não me perguntavam
por acharem que eu não sabia.
Quase acreditei ser diferente entre tantos iguais,
entre tantos capazes e sabidos,
entre tantos que eram chamados e escolhidos.
Quase acreditei estar de fora
quando me deixavam de fora
porque...
Que falta fazia?
E, de quase acreditar, adoeci
Busquei ajuda com doutores, mestres, magos
e querubins.
Procurei a cura em toda parte e
ela estava tão perto de mim.
Me ensinaram
a olhar para dentro de mim mesmo
e perceber que sou exatamente, como os iguais
que me faziam diferente.
E acreditei profundamente em mim.
E tenho como dívida com a vida
fazer com que cada ser humano se perceba,
se ame, se admire,
como verdadeira fonte de riqueza.
Foi assim que cresci:
acreditando!
Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.
E, por acreditar perdi o medo de dizer,
de falar, participar,
e até de cometer enganos.
E, se errar?
Paciência.
Continuo vivendo por isso aprendendo.
Errar é humano!
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