sábado, 13 de dezembro de 2008

Ainda há tanto...

Ainda há tanto que fazer...
na minha vida há decisões que devo tomar,
na minha família, atitudes que pedem reflexão,
no meu trabalho, pessoas que pedem paciência,
pelas ruas pessoas que pedem compaixão.
E se me perco em meio ás lamentações,
se me entrego as reclamações da alma queixosa,
paro e reflito, ainda há tanto o que fazer.
No amor, por vezes sinto a ausência,
por tantas vezes a solidão bate a porta,
decepções e amarguras me fazem parar,
um desejo de largar tudo e me fechar.
Se não entendo quem eu amo,
se espero mais do que podem me dar,
é minha alma carente que grita,
é um desejo infantil de amor eterno.
Paro e reflito, ainda há tanto que amar.
No dia a dia, sinto o cansaço chegar,
o nervosismo me ataca, quero brigar.
As pessoas parecem não me ouvir,
falo e repito a mesma coisa, e por vezes,
entre o desespero de querer acertar,
e a intenção de ser o melhor, eu me perco.
Sou alguém que não conheço,
faço coisas que até me espantam, sinto medo.
E se tento me esconder do mundo,
paro e reflito, ainda há tanto que aprender.
Refletir, aprender, fazer e amar,
eu me concentro nas possibilidades,
eu me agarro na esperança,
sou adulto, mas gostaria mesmo é de ser criança,
o mundo me aflige, sinto que não vou conseguir,
mas há algo em mim que grita e diz,
que ainda há tanto que ser feliz.

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