Habitualmente, lembramo-nos da justiça apenas à frente dos acontecimentos de monta.
Recordamo-la, quando as calamidades da guerra indicam multidões humilhadas ou a imprensa nos fala de vítimas, quando a autoridade se desmanda ou a fortuna se desgoverna.
Mencionamo-la, à feição do conceito remoto, entretanto, justiça é dever de cada um, culto pessoal de todos, através do respeito ao próximo.
Sem ela, o caos dominaria a existência, pretigiando imposição e desordem.
Razoável, assim, aceitá-la como sendo obrigação de cada dia, a começar de nossas menores atividades caseiras.
Para isso, bastará enumerar algumas das nossas aspirações e solicitações pequeninas.
Desejamos que nos respeite as tarefas...
Aguardamos atenção para os nossos pontos de vista...
Queremos ser acatados...
Suspiramos por auxílio fraterno que nos ajude a ser melhores...
Contamos com a tolerância alheia sem que sejamos forçados a mendigá-la...
Sonhamos progredir...
Requisitamos facilidades...
Disputamos ensejos de aprendizado e ascensão...
Esperamos que se nos anote a sinceridade...
Ansiamos obter a confiança daqueles que nos rodeiam...
Confortamo-nos com as palavras de compreensão ou desculpa que se nos enderece espontâneamente, em nossas horas menos felizes...
Enfileremos na memória alguns dos desejos primários que apresentamos como sendo condições básicas à sustenção de nossas euforia e observemos que se exigimos à justiça da vida consideração para com as nossas necessidades mais íntimas, isso acontece com os outros também.
HOJE
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