Eis que passa no tempo a imensa caravana.
A multidão revel que humilhada se agita.
Reis, tiranos e heróis, rondando a turba aflita
e fugindo à verdade augusta e soberana.
Sobre carros triunfais, a Treva se engalana...
E a mendaz ilusão freme, goza e palpita
para rojar-se, após a miséria infinita,
na cinza a que se acolhe a majestade humana.
Mas Tu, Mestre da Paz, que a bondade ilumina,
guardas, imorredoura, a grandeza divina,
sem que o lodo abismal Te ofenda ou desconforte.
Tudo passa, descendo à sombra do caminho,
mas no sólio da cruz inda imperas sozinho,
na vitória do amor que fulge além da morte.
sábado, 20 de dezembro de 2008
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