terça-feira, 2 de dezembro de 2008

RESSURREIÇÃO

Triste viajante da floresta escura,

Tateando na estrada erma e sombria,

Alcancei a aflição do último dia,

Esmagado na sombra da amargura...



Mas, além do favor da sepultura,

Eis que a paz novamente me sorria...

E, ave exalçando a graça da alegria,

Embriaga-me a luz vibrante e pura!



Glória às dores da vida transitória!...

Não traduzo o meu grito de vitória,

Por mais que a minha fé se estenda e brade;

Cego que torna a ver, além do mundo,

Canto somente a luz de que me inundo,

Nos caminhos de sol da eternidade.

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