domingo, 21 de fevereiro de 2010

QUANDO O AMOR INSPIRA

"Chamo-me Caridade, sigo o caminho principal que conduz a
Deus. Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar. Dei
esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho
dizer-vos: - Oh, meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto
tendes de fazer para secá-las todas!..."

..."Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em
consequência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e
envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram,
implorar a piedade dos transeuntes. Com o coração túmido de compaixão,
eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte,
estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações
generosos e compassivos. Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos
digo: - Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os
fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertores. Não vos digo o
que deveis fazer; deixo aos vossos corações a iniciativa. Se eu vos
ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa ação.
Digo-vos apenas: - Sou a Caridade e vos estendo as mãos pelos vossos
irmãos que sofrem." *37.

"Quando vós perdoardes aos vossos irmãos, não os contenteis
com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as
mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos.
Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que
pediríeis fizesse o vosso Pai Celestial por vós. Substitui a cólera
que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa
caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele
o fez durante todo o tempo que esteve, na Terra, visível aos olhos
corporais, e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou
visível tão somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino;
caminhai pelas suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde
encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as
vossas cruzes e sub penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em
cujo cimo está a glorificação. *38.

Sem comentários: