domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Fita Métrica do Amor

Como se mede uma pessoa?

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu,

quando trata você com carinho e respeito,

quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena pra você quando só pensa em si mesmo,

quando se comporta de uma maneira pouco gentil,

quando fracassa justamente no momento

em que teria que demonstrar o que há de mais importante

entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você

quando se interessa pela sua vida,

quando busca alternativas para o seu crescimento,

quando sonha junto.

É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,

quando se coloca no lugar do outro,

quando age não de acordo com o que esperam dela,

mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger

por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza

dentro de um relacionamento,

pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas:

será ela que mudou

ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor

que parecia ser grande.

Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor

que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade:

as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.

Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,

mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão,

e ao recolhê-la inesperadamente,

se torna mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos

que tornam uma pessoa grande.

É a sua sensibilidade sem tamanho.

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