segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A inocencia perdida

Como me encanta aquela praça
apreciando as criancinhas brincando
descobrindo seu mundo
tantas crianças brincando
de todas as cores seu mundo infantil compondo
tanta inocência, tanta pureza, tanta beleza
em cada olhar vejo um anjo
em cada sorriso sinto uma luz
suas quedinhas tão divertidas
suas estripulias tão engraçadinhas
brincam entre si, sem diferenças
a pura igualdade dos iguais
Essa visão acaricia meu coração
afaga minha alma, tão depauperada
que há muito perdeu essa inocência
Quando de repente ouço estampidos
tiros, trocados por bandidos e policiais
passam armados próximo de mim
bandidos, adolescentes assaltantes
Sinto medo, não mêdo de ser atingido
Senti um imenso medo ao de novo olhar
aquelas doces, frágeis, inocentes crianças
Meu Deus, no que a sociedade vai torna-las
Hoje unidas, amanha separadas, estratificadas
Poluídas, desvirtuadas ou até criminalizadas
Como podemos permitir isso acontecer
Como nos permitimos a esse ponto chegar
Como fazer para todo esse processo acabar
Crescer, amadurecer e a alma apodrecer
Existe violência maior que estes anjinhos,
pelos males sociais, os levar a pecar
aos caminhos da perdição os condenar

Sem comentários: