terça-feira, 23 de outubro de 2007

O Amor Eterno

As nuvens deslizam
por entre os arbustos
na suavidade perdida
de terras esquecidas

Um pombo desesperado
com seu encanto
da magia púrpura
sente-as passar

Procura a sua amada
a pomba branca
com paradeiro desconhecido
quantas vezes a paixão sentida

O amor tocara forte
em seu coração destroçado
por aquela ausência desconhecida
suas asas dançavam em vão

Passou por montes e vales
e nada encontrara
Procurou a águia
e nada soube de qualquer sombra

Na dúvida atravessou campos
recheados de caçadores
de repente viu a pomba
sua amada para a eternidade

Mas o azar foi muito
e foi atingido por um tiro
certeiro e mortal
As lágrimas e o sangue misturavam-se

A pomba desesperada
atirou-se ao caçador
que ficou cego
mas ela também morreu

Os anos passaram-se
e naquele lugar
duas flores surgiram
que ninguém as apanhou

Com o passar do vento
entoavam cânticos de amor
e se abraçavam com muita ternura
como sobreviventes de um amor infinito.

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