segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Como demorou!

Quanto dano!

Ninguém ouvia seu grito,

nem entendiam

o porquê de se debater tanto!

Era como se o mundo

a tivesse prendido

e uma loucura

fosse a causa do engano..



No olho,

uma lágrima, sem cair, quase dura;

na boca,

a ausência de riso,

própria do abandono;

os cabelos,

perdendo a cor, o viso;

no coração,

o cansaço do desmando!



Como demorou

para que visse

que o que nasceu libre,

lá dentro, se agigantou!



Como demorou

para que sentisse

que nem o vento

mexe no equilíbrio

do que se edificou!



Como demorou

para que sossegada ouvisse

as notas cristalinas do amor!

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