domingo, 2 de dezembro de 2007

ERROS E ACUSAÇÕES

Não insistas em recordar antigos erros cometidos pelos teus familiares, como se te fizesses,

junto a eles, credor de uma dívida impagável.

Mesmo de maneira indireta, não toques em assuntos desagradáveis que não gostarias que fossem

rememorados em relação a ti.

Se, porventura, são eles que te tragam à baila questões delicadas que protagonizaram no

passado, procura aliviar-lhes a consciência em conflito.

Sem necessidade de expo-las com detalhes, fala-lhes igualmente de tuas dificuldades,

a fim de que não se sintam diminuídos em tua presença.

Todos são passíveis de cometer os mesmos erros que, de hábito, apontam nos outros.

Toda condenação indébita à conduta alheia é experiência que reivindicas para tua vida.

Não queiras te transformar no espelho em que os outros não conseguem evitar

verem a própria imagem refletida.

Quem perdoa não conserva na memória a lembrança da ofensa.

Ante a fragilidade dos teus familiares, permite-te envolver pela compaixão.

Coloca-te na situação dos que erraram aos teus olhos e concluirás que,

em idênticas circunstâncias, dificilmente terias deixado de fazer o mesmo.

1 comentário:

Unknown disse...

esse texto e simplesmente incrivel