quarta-feira, 9 de julho de 2008

Onde mora um mora outro

Senhor, faça-me lembrar:

Diante da injustiça, que a revolta que sinto é uma arma que uso contra mim mesmo.

Diante do olhar que me desaprova, que o sentimento de culpa faz com que eu cometa mais erros.

Que dando importância a palavras ferinas eu trago setas afiadas para o meu coração.

Que nas dificuldades materiais a preocupação me afasta da prosperidade.

Que se moléstias me acometem, a lamentação e o desânimo retardam meu retorno à saúde.

Que nos atritos humanos a raiva e a irritação fecham-me as portas da paz.

Que a exigência excessiva afasta-me da serenidade de perceber que todos são como sabem ser.

Que a queixa pelas perdas sofridas bloqueia meu poder de preencher os vazios deixados.

Que a depressão e a tristeza fecham meus olhos para a beleza da vida a cada nascer de novo dia.

Que o medo do futuro paralisa minhas forças para agir no momento presente.

Que valorizar decepções do passado faz com que eu despreze as lições que com elas aprendi.

Senhor, lembre-me sempre que tenho a sabedoria à minha disposição.

E além e acima de tudo...

Que onde mora o problema também mora a solução.

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