quinta-feira, 12 de novembro de 2009

HOJE AINDA

Não esperarás pela fortuna, a fim de servir à beneficência.

Muitas vezes, na pesquisa laboriosa do ouro, gastarás o próprio corpo e,m cansaço infrutífero.

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Cede, hoje ainda, a pequena moeda de que dispões em favor dos necessitados.

O vintém que se transforma no pão do faminto vale mais que o milhão indefinidamente sepultado no cofre.

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Não reqüestarás a glória acadêmica para colaborar na instrução.

Muitas vezes, na porfia da conquista de lauréis para a inteligência, desajustarás, debalde, a própria cabeça.

Ampara, hoje ainda, o irmão que anseia pelo alfabeto.

Leve explicação que induza alguém a libertar-se da ignorância vale mais que o diploma nobre, guardado inútil.

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Não exigirás ascensão ao poder humano a fim de proteger as vidas alheiras.

Muitas vezes, na longa procura de autoridade, consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.

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Acende, hoje ainda, para essa ou aquela criança extraviada, a luz do caminho certo.

Pequeno gesto edificante, que incentiva um menino a buscar o melhor, vale mais que a posição brilhante sem proveito para ninguém.

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Não solicitarás feriado para socorrer os aflitos.

Muitas vezes, reclamando tempo excessivo para cultivar a fraternidade, perderás, improficuamente, o tesouro dos dias.

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Estende, hoje ainda, alguma palavra confortadora aos companheiros que a provação envolve em lágrimas.

Uma hora de esclarecimento e esperança no consolo aos que choram vale mais que um século de existência, amarrado à preguiça.

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Não percas ocasião para o teu heroísmo, nem aguardes santidade compulsória para demonstrações de virtudes.

Comecemos a cultura das boas obras, hoje ainda, onde estivermos, porque toda migalha do bem com quem for e onde for, é crédito acumulado ou começo de progresso na justiça Divina.

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