Não podemos controlar
todas as situações que vivemos,
algumas não dependem
da nossa vontade.
E não podemos mudar tudo também,
mesmo se somos fortes,
decididos e positivos.
Mas podemos colocar um
pouco de sal e de luz.
Podemos aprender a gerenciar
essas situações de
maneira que não nos afetem
completamente ou profundamente,
que não nos destruam
ou acabem com nossos
relacionamentos de amor
e de amizade.
Quando perdemos o controle de nós,
perdemos o controle de tudo.
É como um motorista que,
ao sentir o perigo,
larga o volante:
o acidente é inevitável!
Por mais desesperadoras que
pareçam as situações,
temos que segurar o volante.
Guardar a calma nos momentos
mais críticos é uma atitude preciosa,
não só para nós,
mas para os outros também.
Ah, sim,
podemos explodir e às vezes
até precisamos!
Todavia há maneiras de exteriorizar
o que nos atormenta sem que
os pedaços da nossa ira afetem
tudo ao nosso redor.
Podemos chorar até
que nossa alma se sinta lavada,
podemos falar com alguém
em quem tenhamos confiança,
podemos pintar, desenhar,
construir,
correr ou apenas nos
entregar à dor até que o peito
se esvazie dela.
Há pessoas, como eu,
que escrevem longas cartas
que nunca enviam,
mas que aliviam.
Somos humanos,
eu sei e não podemos ficar
indiferentes à tudo o que acontece,
não podemos nos esconder
atrás de escudos que nunca
defenderão nossa sensibilidade,
pois no inevitável encontro
com nosso eu,
precisamos ainda encontrar
forças e coragem para
nos olhar nos olhos.
Temos todos em nós sementes
de virtudes plantadas.
Devemos dar a elas condições
para que floreçam,
para que dêem frutos,
para que as pessoas possam,
uma vez que nos encontram,
carregar-nos nos corações para
o restante das suas vidas
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