quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Calmos e quietos

Para conhecermos realmente a Deus é absolutamente necessário haver
silêncio em nosso interior.

Lembro-me de quando, pela primeira vez, percebi isto.

Havia surgido uma situação de grande emergência em minha vida. Cada
parte do meu ser parecia tremer de ansiedade, e a necessidade de uma
ação imediata e decisiva parecia impelir-me com força; no entanto, as
circunstâncias eram tais que eu não podia fazer nada, e a pessoa que
podia, não fazia um movimento sequer.

Por um pequeno espaço de tempo, foi como se eu fosse ficar em pedaços,
por causa do tumulto interior em que me achava; de repente uma voz
mansa e delicada segregou no profundo do meu ser:

"Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus".

A palavra veio com poder e eu entendi.

Sujeitei meu corpo a uma grande quietude, obriguei meu conturbado
espírito a acalmar-se, olhei para cima e esperei, então "conheci" que
era Deus,

Deus mesmo, que vinha, naquela emergência e dificuldade, para
resolver meu problema; descansei nEle.

Foi uma experiência que eu não quereria ter perdido por preço algum; e
devo acrescentar também que desta quietude pareceu surgir um novo
poder para enfrentar a dificuldade, que em pouco tempo a trouxe a bom
termo. Aprendi então, efetivamente, que em estar quieta estava a minha
força.

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