E lá vem de novo o dia sem permissão!
Amanhecer de sol insistente
só para fazer nascer a vida, uma vez mais.
Para sem dó nem piedade,
expulsar a lua e as estrelas do meu céu.
Mas logo do tão bem cuidado e escurinho céu que
criei só pra mim?
E agora?
Choro, me descabelo... faço o que?
Quem sabe grito algo do tipo:
"Pobre de mim e deste tão sonhador e sofrido "céuzinho"
que no ápice da minha solidão, inventei."
E a luz?
Até parece incomodar, de tão limpos que ficaram meus olhos
de tão claro que ficou meu mundo.
O mesmo mundo,
os mesmos olhos mascarados por anos a fio,
sob o véu das ilusões.
Como pude ser tão alheia, tão avessa
permitindo que a vida e as pessoas "vazassem" por mim
sem deixar arranhões, marcas, ou simples pegadas?
Transparente?
Não!
Invisível , isso sim!!!
Fantasma em meus próprios porões,
na clausura de minhas opções
por um tempo longo e absurdo demais.
E por falar em tempo...
Este mesmo fatídico e cruel momento que tanto levou de mim,
é hoje amigo generoso.
Sábio mestre dos meus novos dias.
Como boa aluna e eterna aprendiz,
me rebelo e me revelo.
Me arranco à fórceps de dentro de mim,
me lanço...
Feliz ou não, com ou sem razão,
Já que o mundo dá mesmo tantas voltas,
giro sem medos a roleta da vida,
entre gargalhadas e cambalhotas.
O futuro é só meu, esqueceu?
Pois eu não...
Nunca mais!
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