Imperioso estarmos dispostos em amar tudo, em amar todos. Irmãos
de inclinações e pensamento contrários aos nossos repontarão por onde
formos, de modo inevitável.
Progresso é altura e erguimento conta degraus. Adulto nenhum, em
viagem aérea, exigirá que uma criança ao seu lado, consiga fitar a crosta do
mundo em baixo com atitude mental semelhante à dele.
Um escritor e um analfabeto, conquanto respeitáveis pelas
qualidades morais que entremostrem, não se afinarão, intimamente,
guardando identidade de opiniões, em compulsando a gramática.
A dessemelhanças espiritual na subida evolutiva, surge irrevogável.
Adversários gratuitos, na transitória competição dos pontos de
vista constituem dificuldades e provas fatais.
Aceitando com naturalidade tal impositivo, apliquemos a lente da
análise no âmago do próprio espírito e verificaremos que os
perseguidores reais de nossa felicidade estão conosco, no íntimo do ser.
Ingratidão e diferença naqueles que amamos estão debitadas na conta
dos que a praticam. Já o desespero que acalentamos em prejuízo próprio é o
agente obsessivo que nos corrói a serenidade.
Injúria e golpe por parte dos que marcamos com a nossa estima são
problemas deles. Mas o desalento de que nos deixamos possuir é o opositor
que nos desgasta a saúde.
A mente reencarnacionista vê em cada escolho um lance de ascensão,
em cada abismo um desafio à marcha.
Em toda ocorrência, imprimamos os moldes de tradução espírita da vida.
Se o mal nos aborda, traduzamo-lo por ignorância.
Se a afronta nos procura, tomemo-la como sendo corretivo necessário.
Se a adversidade nos atravessa o roteiro, recebemo-la à guisa de lição
libertadora.
Alijemos a carga dos temores, inquietações, animosidades e
ressentimentos que irrefletidamente carregamos.
Empenhemo-nos em manter asserenada a consciência e
reconheceremos que seguimos pelas trilhas do cotidiano ao lado de muitos
companheiros que longe de nos hostilizarem, apenas manifestam maneiras de
sentir, pensar, falar e agir diferentes daquelas que nos caracterizam.
Isso nos impelirá a observar e admitir compulsoriamente que os
inimigos verdadeiros de nossa vida moram dentro de nós.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário