domingo, 27 de julho de 2008

EVANGELHO DO DIA

Ano A
Dia: 27/07/2008
A pérola
Mt 13, 44-52


- O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.
- O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.
- O Reino do Céu é ainda como uma rede que é jogada no lago. Ela apanha peixes de todos os tipos. E, quando está cheia, os pescadores a arrastam para a praia e sentam para separar os peixes: os que prestam são postos dentro dos cestos, e os que não prestam são jogados fora. No fim dos tempos também será assim: os anjos sairão, e separarão as pessoas más das boas, e jogarão as pessoas más na fornalha de fogo. E ali elas vão chorar e ranger os dentes de desespero.
Então Jesus perguntou aos discípulos:
- Vocês entenderam essas coisas?
- Sim! - responderam eles.
Jesus disse:
- Pois isso quer dizer que todo mestre da Lei que se torna discípulo no Reino do Céu é como um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.

Comentário do Evangelho
O tesouro escondido

Nestes últimos três domingos vêm sido lidas as parábolas reunidas por Mateus no capítulo 13 de seu evangelho. Estas parábolas também estão distribuídas nos dias feriais que antecedem e seguem o domingo de hoje.
Os evangelistas, em seus textos, refletem as tradições das comunidades que se sucederam ao ministério de Jesus, dando um destaque às parábolas e aos milagres de Jesus. Particularmente Mateus, que de maneira didática escreve para comunidades de discípulos oriundos do judaísmo, reúne um bloco de sete parábolas (cap. 13) e um bloco de dez milagres (cap. 8 e 9). Hoje temos a narrativa das três últimas parábolas.
As duas primeiras parábolas revelam a supremacia absoluta do Reino dos Céus em relação a qualquer riqueza terrena. O discípulo que percebe esta supremacia e despoja-se de tudo e adere ao Reino. A terceira parábola tem certa semelhança com a parábola do joio e do trigo. Contudo aqui o núcleo da parábola é o julgamento escatológico, no fim dos tempos, com a separação entre os maus e os justos. Este dualismo entre maus e justos é uma herança do Primeiro Testamento, e foi descartada e superada por Jesus. Particularmente o destino final dos maus, lançados na fornalha de fogo, com ranger de dentes, é um ato cruel que destoa com a prática misericordiosa e amorosa de Jesus.
Na primeira leitura é mencionada a figura controvertida de Salomão. Por um lado é exaltado no seu poder, em suas posses, em seu harém, caracterizado por sua opressão sobre o povo. Por outro lado o texto de hoje lhe atribui grande sabedoria, o que ficou marcante na tradição de Israel e judaica.
Na comparação final, pode-se pensar que tenhamos uma identificação do autor do evangelho, atribuído a Mateus. Seria o autor este escriba que se tornou discípulo do Reino e reviu suas tradições, tirando delas coisas novas e velhas?

Oração

Pai, meu grande anseio é deixar-te ser o senhor de minha vida. Faze-me suficientemente audacioso para renunciar a tudo quanto me afasta deste objetivo.



A Bíblia é a Palavra de Deus.
"Passará o céu e a terra,
porém as minhas palavras
não passarão."
(Lucas 21:3)



Jesus lhes disse:
"Ide por todo o mundo e pregai o
Evangelho a toda criatura".
(Mc 16,15)

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