Papai Noel, me digas se tu tens,
A fantasia que a tristeza esconde,
No saco com um punhado de reféns,
Encher de espera o mundo, vir da onde?
Papai Noel, tu podes me perdoar,
De o querer, querer mais, só por um dia.
C'as asas soberanas sobre o mar,
A ave de outra espécie, me alforria.
Já cego, ao desamparo e no perigo,
O meu sonho caminha ao desabrigo,
Sem dons... Ah. tua fábrica ditosa!
E o obrigas, sendo o pobre e indigente,
Refugiado nos campos do inconsciente,
Confundir-se a uma pétala de rosa.
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