sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

DEPOIS...

"Depois, sobrevindo tribulação ou perseguição..." - Jesus. (MARCOS, 4:17.)

Toda a gente conhece a ciência de começar as boas obras.
Aceita-se o braço de um benfeitor, com exclamações de júbilo,
todavia, depois...
quando desaparece a necessidade, cultiva-se a queixa descabida,
no rumo da ingratidão declarada, afirmando-se - "ele não é
tão bom quanto parece".
Inicia-se a missão de caridade, com entusiasmo santo, contudo,
depois... ao surgirem os primeiros espinhos, proclama-se a
falência da fé, gritando-se com toda força - "não vale a pena".
Empreende-se a jornada da virtude e aproveita-se o estímulo que
o Senhor concede à alma, através de mil recursos diferentes,
entretanto, depois... quando a disciplina e o sacrifício cobram
o justo imposto devido à iluminação espiritual, clama-se com
enfado - "assim também não".
Ajuda-se a um companheiro da estrada, com extremado carinho,
adornando-se-lhe o coração de flores encomiásticas, no entanto,
depois... se a nossa sementeira não corresponde à ternura exigente,
abandonamo-lo aos azares da senda, asseverando com ênfase -
"não posso mais".
Todos sabem principiar o ministério do bem, poucos prosseguem na
lide salvadora, raríssimos terminam a tarefa edificante.
Entretanto, por outro lado, as perigosas realizações da perturbação e
da sombra se concretizam com rapidez.
Um companheiro começa a trair os seus compromissos divinos e
efetua, sem demora, o que deseja.
Outro enceta a plantação do desânimo e, lesto, alcança os fins
a que se propõe.
Outro, ainda, inicia a discórdia e, sem detença, cria a desarmonia geral.
Realmente, é muito difícil perseverar no bem e sempre fácil atingir o mal.
Todavia, depois...

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