Quando o mundo bate forte e dói
é sempre muito difícil entender e aceitar
porque a vida tem de ser assim,
porque não podia ser de um jeito menos sofrido
porque as coisas são como elas são e não
como a gente gostaria que fossem.
Tudo parece feio e sem sentido depois de um fracasso.
Não há consolo para uma grande perda ou decepção.
Não há alívio para a tristeza que fica
quando um sonho se vai
e a única vontade que a gente tem é de ir junto,
sumir, desaparecendo sem deixar rastro
ou direção.
Não é simples sobreviver com os nossos planos em ruínas.
Não é fácil recomeçar do nada ou,
às vezes, com menos ainda.
O caminho da reconstrução é lento e pesado
para a pouca energia que nos resta depois de uma queda.
Mas é exatamente nessas horas que a gente
tem que soprar as cinzas de ideais em frangalhos
e descobrir,
em meio aos destroços de uma batalha perdida,
a nossa enorme grandeza, o nosso imenso valor,
a nossa incrível capacidade de recomeçar sempre,
mesmo com o amor próprio ferido de morte
e a fé golpeada na sua própria raiz.
É esse desafio que faz a vida digna de ser vivida.
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