Pelas ruas da cidade
Pessoas andam no vai e vem
Não vêem o cair da tarde
Vão nos seus passos como refém
De uma vida sem saída
Vida sem vida
Mal ou bem
Pelos bancos desses parques
Ninguém se toca
Sem perceber
Que onde o sol se esconde
O horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia
A cada dia
Em cada ser
Não é preciso uma verdade nova
Uma aventura
Para encontrar nas luzes que se acendem
Um brilho eterno
E dar as mãos
E dar de si além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde
Outro universo
Pelos becos
Pelos bares
Pelos lugares
Que ninguém vê
Há sempre alguém querendo
Uma esperança
Sobreviver
Cada rosto é um espelho
De um desejo
De ser
De ter
Não é preciso uma verdade nova
Uma aventura
Para encontrar nas luzes que se acendem
Um brilho eterno
E dar as mãos
E dar de si além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde
Outro universo
Cada rosto
é um espelho
De um desejo
De ser
De ter
Talvez quem sabe por essa cidade
Passe um anjo
E por encanto
Abra suas asas sobre os homens
E ter vontade de se dar aos outros
Sem medida
A qualidade de poder viver
Vida
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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