quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vida

Pelas ruas da cidade

Pessoas andam no vai e vem

Não vêem o cair da tarde

Vão nos seus passos como refém



De uma vida sem saída

Vida sem vida

Mal ou bem



Pelos bancos desses parques

Ninguém se toca

Sem perceber

Que onde o sol se esconde

O horizonte tenta dizer



Que há sempre um novo dia

A cada dia

Em cada ser



Não é preciso uma verdade nova

Uma aventura

Para encontrar nas luzes que se acendem

Um brilho eterno

E dar as mãos

E dar de si além do próprio gesto

E descobrir feliz que o amor esconde

Outro universo



Pelos becos

Pelos bares

Pelos lugares

Que ninguém vê

Há sempre alguém querendo

Uma esperança

Sobreviver



Cada rosto é um espelho

De um desejo

De ser

De ter



Não é preciso uma verdade nova

Uma aventura

Para encontrar nas luzes que se acendem

Um brilho eterno

E dar as mãos

E dar de si além do próprio gesto

E descobrir feliz que o amor esconde

Outro universo



Cada rosto

é um espelho

De um desejo

De ser

De ter



Talvez quem sabe por essa cidade

Passe um anjo



E por encanto

Abra suas asas sobre os homens

E ter vontade de se dar aos outros

Sem medida

A qualidade de poder viver

Vida

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