terça-feira, 27 de novembro de 2007

NÃO HÁ MUITO O QUE CONTAR

Não há muito o que contar
para amanhã
quando já desça
ao Bom-Dia
é necessário
para mim
este pão
dos contos,
dos cantos.
antes da alba, depois da cortina
também, aberta ao sol do frio,
à eficácia de um dia turbulento.

Devo dizer: aqui estou,
isto não me aconteceu, e isto acontece;
enquanto isto as algas do oceano
se movem predispostas
à onda,
e cada coisa tem sua razão,
sobre cada razão um movimento
como de ave marinha que levanta
da pedra, da água, da alga flutuante.

Eu com minhas mãos devo
chamar: venha qualquer um.

Aqui está o que tenho, o que devo,
ouçam a conta, o conto e o som.

Assim cada manhã de minha vida
trago do sonho outro sonho.

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