Eu sei valor das palavras.
Estou de caso sério com elas há anos.
São incontáveis horas de chamego.
Aprendi acariciar uma palavra, acredita?
Algumas retribuem meus carinhos.
Outras são carrancudas e não percebem
o desejo estampado em meus olhos.
Eu gosto de enfileirar palavras.
Despi-las, para que fiquem mais belas.
Já viu uma palavra nua?
Só perde em beleza para o corpo feminino.
Palavras nuas e enfileiradas formam cena de rara beleza.
Eu sei sobre as palavras.
Não porque as leio em páginas de livros.
É que ando em companhia delas desde menino.
Eu posso sentir o cheiro que as palavras exalam.
Trago n’alma esta estranha combinação de aromas.
Eu sei sobre a palavra amor.
Ela tem a ingrata missão de representar.
um sentimento intenso, cheio de formas e nuances.
Eu me meti a besta e tirei a roupa da palavra amor.
São belíssimos os contornos da palavra amor.
Amor, são belos os contornos do teu corpo.
Eu quero a tua companhia por incontáveis horas.
Eu me meti a besta e amei você,
viu amor?
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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