quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Possibilidades: o real de nossas experiências

Eu poderia começar este parágrafo de diversas maneiras. As possibilidades são várias. Enquanto escrevo penso que, na verdade, existem infinitas possibilidades. Nós somos tudo e nada, o silêncio que traz a possibilidade do som. O vazio fértil que gera todas as coisas que existem. A escuridão de onde brota a luz que se manifesta na realidade visível e invisível. Não se trata de dualidade! Mas, sim, de realidades de experiências quando criamos e agimos com toda a força e pureza de quem somos na essência.

O Universo, auto-sustentado e iniciador dos movimentos e expansões, inspirando e expirando num constante pulsar cósmico de poder incrível, que cria simplesmente a Vida.
Deus, agindo com todos os seus atributos e poder de criação, trazendo para a realidade densa o sutil, o inesperado, a capacidade de existência onde tudo que é gerado existe ao mesmo tempo no pensamento primordial das possibilidades.

Quando pensamos em infinitas possibilidades o leque de realizações se abre de maneira gigantesca. Nos deparamos com o novo, com o desconhecido, com o impensado, porém realizável nesse Universo de experiências, onde temos oportunidades para criarmos e desfrutarmos os nossos projetos e idéias da melhor maneira possível. Quando penso em inesperado, sinto que o Universo, a força primordial, se alegra em nos presentear com experiências ou realidades que surpreendem nossas mentes, atingindo nossos corações com formas diferentes que nem mesmo em nosso mais íntimo teríamos pensado ou desejado.

Sinto que a consciência em ação é que faz acontecer tudo ou nada. É a nossa capacidade de aprendermos a usar a inteligência para olharmos as questões pessoais por outros ângulos que torna a vida um espaço mais agradável, belo e produtivo. Onde existem vivências e não problemas, onde existem desafios e não dificuldades. Possibilidades e não limites que ferem nossa alma, que é livre e anseia que essa viagem pelo Universo seja preciosa, produtiva, de qualidade única e especial, honrando nossa natureza divina.

Estamos nos deparando com informações sobre Física Quântica e muitos de nós, que somos leigos no assunto, nos assustamos pensando que isso é assunto para cientistas. Mas se apenas observamos as informações de uma maneira aberta e um olhar curioso e pensarmos que essas informações podem ser integradas de alguma outra maneira que não pela razão, ou mente racional, simplesmente num gesto de sentir, talvez, que tudo isso está acontecendo de modo natural e desde sempre, talvez essas informações e conceitos possam fazer sentindo através de uma consciência que se atreve a expandir para atingir novos cenários e paisagens diferentes que somente os chamados “visionários” perceberam. Sem julgamentos, somente um novo e atraente modo de perceber nosso mundo, nossas escolhas.

Outro dia me surpreendi com uma possibilidade de entender a felicidade de uma maneira diferente, ouvindo o Gasparetto falar que “Felicidade se aprende”. Percebi que essa é uma nova possibilidade de entendimento e de conquista, pois não é necessário buscá-la e sim aprender, utilizar meios inteligentes para acessar esse atributo que, na verdade, faz parte do nosso ser. Olhando dessa nova perspectiva fica mais real a tão sonhada felicidade, pois o movimento é interno e mais acessível; depende somente de lançar o olhar e o coração à nossa volta e aprender com a vida, aprender a sentir a importância e a qualidade do real em nós e em nossas vidas, o que realmente faz a diferença sobre os valores pessoais e sociais para o aprendizado da felicidade.

A frase "se você quer que o mundo mude, comece fazendo mudanças em você" significa que nós, como realizadores potenciais, ao mudarmos nossa consciência afetamos energeticamente o nosso mundo ao redor e isso funciona como a pedra que jogamos num lago e cria ondas até a borda agitando as águas.

Tudo isso parece sutil demais quando olhamos para nosso dia-a-dia e nos deparamos com contas a pagar, trânsito caótico, violência. Mas será que tudo isso é resultado de crenças, produto de nossas mentes que foram educadas de uma forma onde a dificuldade, o sacrifício, a dor, entre outros conceitos limitadores, são bases de aprendizado e de maneira de viver? Será que estamos imersos em conceitos limitadores e apenas repetindo ações que recriam experiências ditas “coisas da vida”?

Ou será que só parece ser sutil? Fomos condicionados a pensar que o sutil é impalpável?
Estamos caminhando assim há séculos... e as pessoas que tentam pensar diferentemente são geralmente taxadas de loucas ou sonhadoras buscando um mundo utópico e irreal. Mas não podemos nos esconder da jornada evolutiva do ser humano onde estamos chegando a conclusões que o espiritual é também parte do todo, e o essencial, o início de um todo que engloba simplesmente a eternidade do ser.

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