sexta-feira, 19 de outubro de 2007

ESTAÇÃO QUATRO

Uma poeira multicor dorme no jardim acinzentado
A janela aberta se faz cega à embriaguez do verão?
Terra reservada para o cultivo de oliveiras, figos, dálias
Pela manhã o encontro dos contornos dos morangos arrepia
Raspões do bom senso na pele... agitam os lábios
A suavidade da tonalidade dos pêssegos sobre os pêlos
O pé de bergamotas repleto de tangerinas se arrasta no chão
Retorcendo-se em linhas concretas a exaltar as emoções
Um poema sorri carregado de figuras e metáforas
Nada se pode prever de dois olhares aparentemente esquivos
O romantismo nos dias sem sol forma o alaranjado
A voz de um anjo nunca é insensível às fadas
Sendo que se pode esperar de tudo um pouco nas estações...

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