terça-feira, 13 de novembro de 2007

Angústia

quero vencer a mim, vencer o medo
com todas as forças luto
à solidão do mundo absoluto

moro no país da angústia permanente
o único som que escuto
é de meu verso dissoluto

a mão se estende
a letra não entende
o papel fica mudo

parti de ti definitivamente
fui em segredo
rumo ao degredo

luvas pesam na balança
a erva doce da liberdade
o riso não alcança

dos meus sonhos dementes
restaram-me os dedos dormentes
e uma lágrima perdida
somente.

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