terça-feira, 20 de novembro de 2007

AREIAS DO TEMPO

Ouvi sua voz pedindo pra ficar,
corria perdido em um
extenso lugar.
Cheiro do mar,
pegadas na areia que lentamente
mansas ondas dissipavam
em suavidade.

Nitidez dos risos,
ecos de fragilidade,
todo tempo lhe pertence,
toda infância para brincar!

Levitavam os seus pés,
em transe se entregava no
involuntário adormecer.
Quer um dia e outro mais,
amor dos pais,
insaciável correr sem direçăo,
condiçăo de ser feliz.

Insanidade ou inocęncia de
minha mente tudo posso!
Devolver-lhe os passos,
algo que também já me fora afanado.
Assim calado pude imaginar,
poderes que brotam em minhas măos.
Sou impotęncia,dor latente no coraçăo!

Hei menino!
Eu já cresci,sou marujo e capităo,
viajando em outros mundos
desbravando a imensidăo.
Empresto minhas asas,
voe comigo na imaginaçăo
direçăo do pôr-do-sol .

Embalado na rede com
visăo do mar,
sonhar de anjos e
meninos cansados
que das măos amigas
encontram afago.

Maresia atenuando sentidos,
limite das águas
composta no aquário,
diário de eterno menino.
Magia de estar vivo,
ampulheta derramou
lágrimas cristalizadas
escorridas, sacrificadas
nas areias do tempo.

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