Se tornaste,
de estrela encantadora, cadente;
dias, horas intermináveis,
à espera de teu retorno...
Dias amargos, solitários,
que corroeram a alma,
mas de aprendizado...
E, com esta dor, fui sepultando
cada um de nossos momentos.
O primeiro beijo ardente,
doce, cheio de paixão,
sepultei nas geleiras da mentira.
O abraço apertado
sepultei nos vales do engano.
As doces palavras sepultei
no pântano da mediocridade.
As noites de amor ardente
sepultei nos riachos do esquecimento.
Os teus olhos,
que me serviam de luz,
hoje já opacos e sem brilho,
não me tocam...
E teu charme decadente,
lançado como se desejasse
fazer-me tua vítima, novamente,
me faz ver o quanto tu és senhora,
na arte da representação...
Mas, mesmo assim, promulgo
em meu coração o perdão para ti,
pois, agora, tua insignificância é tamanha,
que, ao guardar mágoa por ti,
seria dar-te espaço dentro de mim...
E com isto contaminar-me de tua maldade.
Vai, volta aos braços de quem te merece.
Deixa-me viver entre a luz,
o amor, as flores, a vida,
esta que desprezaste...
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