terça-feira, 13 de novembro de 2007

SEDAS AO CHÃO

escem a cordilheira em serpentina
nas silvestres brumas, a alfazema
clareando a vastidão qual um poema
incensa o cálice da mulher-menina.


Segredo já não há mais, e o perfume
da cerejeira-flor, laço em marfim
serenando um amor real e sem fim
no manto primaveril ao verão se une.


Tatuam o céu num luar tão rente ao mar
sombreiam estrelas em cais enluarado
ancoradas em velas saem a valsar,


abrem o solo em cambraias e rosas.
A terra verde molhada? Só mansidão e afago
das sedas ao chão entre acácias e mimosas.

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