quinta-feira, 3 de julho de 2008

MÃES DAS MÃES

Maria,

É a Mãe piedosa

De todas as mães resignadas e sofredoras.

É a consolação

Que se derrama puríssima

Sobre os prantos maternos,

Vertidos na corola imensa das dores;

É o manto resplandecente

Que agasalha os corações das mães piedosas,

Amarguradas e infelizes,

Que orvalham com lágrimas benditas

As flores do seu amor desvelado,

Espezinhadas pelo sofrimento,

Fustigadas pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal,

Perseguidas pelo infortúnio

No sombrio orbe das lágrimas e das provações.

Todas as preces maternas

Ascendem aos espaços

Como um doloroso brado de angústia a Maria,

E a rosa sublime de Nazaré

Escuta-as piedosamente,

Estendendo os seus braços tutelares

Às Mães carinhosas e desprotegidas;

E bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto

Para que as consolações se derramem

Cicatrizando as feridas,

Balsamizando os pesares,

Lenindo os padeceres

Das Mães desoladas, que encontram nela

O símbolo maravilhoso de todas as virtudes!...

Ao seu olhara compassivo,

Pulverizam-se os rochedos do mal

Do oceano da vida de desterro e de exílio,

Para que o Brigue da Esperança,

Com as suas velas alvas e pandas,

Veleje tranquilamente,

Buscando o porto esperado com ânsia,

Da salvação das almas que sofreram

Nos torvelinhos do mundo,

Como náufragos de uma tormenta gigantesca,

Que não se perderam no abismo das águas tenebrosas

Do mar da iniquidade,

Porque se apegaram

À âncora da Fé.

Maria é o anjo, pois

Que nos ampara e guia em nossa cruz;

Levando-nos ao Céu, cheia de piedade e comiseração

Pelas nossas fraquezas.

Ela é a personificação do amor divino

No vale das sombras e das amarguras,

E sendo o arrimo de todas as criaturas,

É sobretudo

A Virgem da Pureza

- Mãe das Mães.

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