segunda-feira, 21 de julho de 2008

PALAVRAS AOS ENFERMOS

Toda enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre manifestações de
revolta é o mesmo que recusar as vantagens da lição, rasgando
o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril
divino realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem sublime
luz do peito, como se guardassem lâmpadas acesas
dentro do tórax.
Em maior parte, são irmãos que aceitaram, com serenidade,
as dores longas que a Providencia lhes destinou, a beneficio
deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por grande numero
de ex-tuberculosos e ex-leprosos, em lamentável posição
de desequilíbrio, afundados muitos deles em charcos de treva,
porque a moléstia lhes constitui tão somente motivo
à insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de piedade, porque
não existe sofrimento sem finalidade de purificação
e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação de caminho
para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento
da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem, com o
tempo, em claridades interiores, quando o enfermo sabe
manter a paciência, aceitando o trabalho regenerativo
por bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará
a paz com brevidade e segurança, porque a dor, em todas
as ocasiões, é a serva bendita de Deus que nos procura,
em nome d´Ele, a fim de levar, dentro de nós, o serviço
da perfeição que ainda não sabemos realizar.

Sem comentários: