terça-feira, 1 de julho de 2008

A PARÁBOLA DA PÉROLA

“O Reino dos Céus é semelhante a um negociante

que buscava boas pérolas; e tendo achado

uma de grande valor, foi vender

tudo o que possuía

e a comprou.”

Mateus,XIII, 45 – 46



As pérolas constituem enfeites para a gente fina; são raras, por isso são caras. Quem possui grandes e finas pérolas possui tesouro, possui fortuna.

Além disso, são jóias muito apreciadas no seu todo, pela sua estrutura, pela

sua composição.

Os porcos não apreciam as virtudes das pérolas; preferem milho ou alfarrobas. Se

lhe dermos pérolas, eles pisam-nas e submergem-nas no lamaçal em que vivem; por isso

disse Jesus: “Não deis pérolas aos porcos.”

Certamente já havia o Senhor do Verbo Divino comparado o Reino dos céus a uma

pérola de raro valor, quando propôs aquela recomendação a um discípulo que

deliberara anunciar a sua Doutrina a um homem-suíno.

Na verdade, há homens que são Homens, e há homens que se parecem muito com

os suínos.

O suíno vive exclusivamente para o estômago e para a lama. Os homens suínos

também vivem de lama e para o estômago. A estes as “pérolas” nada significam: as

alfarrobas melhor lhes sabem.

O Reino dos Céus, nos tempos atuais, é incompatível com o Reino do Mundo.

Para a aquisição da pérola o homem vendeu tudo o que possuía; para a aquisição

da Pérola do Reino dos Céus o homem precisa vender o Reino do Mundo.

Há Reino do Mundo, e há Reino dos Céus. Aquele desaparece com as revoluções,

ao chamado da morte, ou sob o guante da miséria.

O Reino dos Céus permanece na alma daquele que souber possuí-lo.

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