Não há teia que sufoque.
Nem ambiente sem saída.
Não há falta de ar.
Muito menos a falta de uma própria vida!
Há o fio tênue e vulnerável dos fracos.
O labirinto imaginário dos sem rumo.
O sufocamento dos que tapam por vontade própria seus narizes.
A cegueira cômoda dos infelizes.
É a trama de quem trama
viver o que não é seu,
chorar o que nunca lhe pertenceu,
sentir a dor que nunca lhe doeu!
Envolve...
mas não resolve!
Teia infâme...
Falsa, triste!
Desanimadora!
Rede dos que parecem querer um mundo próprio...
imenso, vaidoso e solitário mundo!
Único...
absoluto...
que afasta...
devasta...
Não mais encanta....
espanta!
Redoma,
silencio!
Grito sem resposta.
Vaidade
"imunidade"
contra tudo e todos...
Teia, cuidadosa e perfeita...
na qual se emaranham seus próprios tecelões.
Respiram e sufocam,
suas próprias ilusões!
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