sexta-feira, 23 de novembro de 2007

"Emaranhada"

Não há teia que sufoque.
Nem ambiente sem saída.
Não há falta de ar.
Muito menos a falta de uma própria vida!

Há o fio tênue e vulnerável dos fracos.
O labirinto imaginário dos sem rumo.
O sufocamento dos que tapam por vontade própria seus narizes.
A cegueira cômoda dos infelizes.

É a trama de quem trama
viver o que não é seu,
chorar o que nunca lhe pertenceu,
sentir a dor que nunca lhe doeu!

Envolve...
mas não resolve!

Teia infâme...
Falsa, triste!
Desanimadora!

Rede dos que parecem querer um mundo próprio...
imenso, vaidoso e solitário mundo!

Único...
absoluto...
que afasta...
devasta...

Não mais encanta....
espanta!

Redoma,
silencio!
Grito sem resposta.

Vaidade
"imunidade"
contra tudo e todos...

Teia, cuidadosa e perfeita...
na qual se emaranham seus próprios tecelões.
Respiram e sufocam,
suas próprias ilusões!

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