quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ENQUANTO VIDA EU TIVER

Ao som de um imaginário blues
Que martelava graciosamente em minha cabeça
Dopado de sono cansaço e bêbado
Viajava entre nuvens sobre as areias da praia
Praia que mais meu lar era
Do que minha própria residência...

Em meu lento caminhar
Caminhar que suavemente me fazia deslizar
Entre sonhos e pensamentos confusos
Buscava uma imagem no tudo
Em que minhas vistas batiam.
Estava alucinado de dor e desespero,
Estava mais para vegetal do que para humano...

Na minha vã cegueira
Procurava num falso tatear
O que a vida eterna
Acabara de me roubar.
Ainda acreditava num voltar
Tolo!
Quem morre não mais volta.
Eu tolo!
Inconformado não sabendo perder.
Eu e meus pensamentos tolos!
Derrotado por um maldito vício
Que levara quem eu verdadeiramente amara...

Maldito eu sou!
Não fui forte suficiente
Para meu grande e verdadeiro amor,
Livrar das garras das malditas drogas
Que a levou de mim
Que a roubou de mim
Que fez com que a terra a tragasse
Como se tragasse um maldito cigarro de maconha.
Não fui suficientemente forte
Para salva-la de uma overdose letal.
Tentei!
Não consegui!
Um peso que carregarei
Enquanto vida eu tiver...

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