segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Estrelas cadentes...

E, ao caminhar pelas alamedas,
que percorremos antes, pequenos caminhos,
me vem a recordação de tuas mãos firmes,
de tuas palavras doces,
de teu carinho,
da forma meiga, com que cuidavas de mim...
Agora, neste caminhar solitário,
deparo-me com mundos
que, por vezes, assustam-me a alma...
Mas tenho que continuar!
E, nesta alameda de saudades,
Encontrar, em alguma esquina,
alguém que deseje dividir comigo
o coração e a vida...!
Alguém que faça
de seu coração meu aposento...
E que eu faça dele meu universo...!
Apenas, alguém que deseje
_no lugar da mentira oferecida pelo prazer_
viver a eternidade doce
do que sempre é escrita com o amor...
E, neste caminhar solitário,
sento-me em meio aos jardins,
os quais semeamos
e entrego meus olhos aos céus,
que, antes, compartilhavam
nossas noites de amor...
E, hoje, o que vejo são estrelas
solitárias e cadentes...
As lágrimas me vêm à face...
Pois, agora, vejo que até os Céus
anunciam o ponto final de algo
que o próprio Universo jamais
acreditava ter um fim...
Algo que seria eterno, tornando-se,
agora, nada!

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