segunda-feira, 5 de novembro de 2007

HORAS DE ESPERA

Na beira do caminho de uma saudade,
rastreio os passos de um vento brando,
face beijada, num repente de suavidade.

Te espero nas manhãs, como pássaro
sem norte, num vaguear em sombras
de sonhos desfeitos naquele passado.

Nas primaveras dos dias te espero.
Viso tua volta, miragem que alimenta
meus desertos em oásis vespertinos.

Cálida esperança de ver-te em chegada,
suavizando os queixumes, ora deixados
nas pegadas soltas num pouso insinuado.

Vem, que te espero na minha desmedida
ansiedade de ver-te luz em meus olhos,
meu porto seguro no romper das auroras.

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