domingo, 4 de novembro de 2007

FERIDAS DE MINHA ALMA

É noite,
Muito escura,
Sombria e silenciosa.
Estou só,
Eu e eu mesmo
Perco-me em lembranças
Que por vez me atordoam
Outras até arrancam leves risos.
Minha menta está relaxada
Eu estou relaxado
Parece o ar também estar relaxado...

O pulsar de meu coração é forte
Vou catando as migalhas de meu tempo
Dessas migalhas
Vou tirando o que presta
O que não presta,
Não posso delas me desfazer,
Há sempre um algo
Que me serve de correção
Quando em dúvida ponho meu coração...

Há momentos que me prendo ao passado
Nele vou tentando resgatar coisas
Que por muito tempo me distanciei.
Olho em minha volta
E continuo só,
Eu e eu mesmo
Tentando por de vez
Olhar pra dentro de mim
E fazer as correções
Dos erros cometidos
Que ainda nego-me a perdoar.
Não sou Deus,
Não tenho o poder de perdoar ninguém
Ainda mais eu mesmo me perdoar...

Descobri que não estou só,
Falei em Deus.
Isso mesmo; falei em Deus!
E a ele recorro nesse momento
Não para pedir,
Mas sim agradecer
Em dar-me o poder
De que eu,
Possa redimir de meus erros,
Não dos pecados,
Somente ele Deus,
Pode diagnosticar meus pecados,
Como uma doença,
E bater o martelo
Ditando minha sentença...

Meus pecados acredito,
Tem mais quilometragem
Do que as estradas em que
De mochila nas costas
E dedo polegar levantado já percorri.
Eu mesmo aqui não mais só,
Criei meu purgatório
Espero que Deus ao meu suplício
Empreste-me um pouquinho de sua luz,
Com seu sopro toque meu coração
Faça-me erguer esse corpo já batalhado
E me permita pedir-lhe
Não que venha absolver-me de meus pecados,
Mas que me de uma oportunidade
De levar meu sorriso
E uma palavra amiga
A quem estiver precisando
Para que aos pouco,
Eu possa curar as feridas de minha alma.

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