terça-feira, 20 de novembro de 2007

O DIA DO ADEUS

Vales escuros e becos sem saída - almas em perigo.
Medos petrificam o chão, aonde vagam os corações.
Peito partido em dois - divido essa lápide contigo.

Em ouvidos dessecados, os gritos fizeram-se calados,
silêncio e solidão vestiram as noites frias, sem luares.
Em olhos rasgados, só deságuam estrelas sem cores,
sedas negras, que escondem tantas feridas sangradas.

Badalam os sinos das horas, amanhece - quem ouviu?
Anoitece em exílios, às escondidas fenecem as razões.
Restos tristes dos dias em desilusão, fendas que a vida
lapidou, neste solo árido de esperanças e de sentido.

Quebram-se os cristais, foi o fim de uma ilusão.

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