Existem três tipos fundamentais de carma:
O pensamento, a palavra e a ação física visível.
A comunicação entre seres socialmente ativos se faz primordialmente pelo som, através da verbalização dos pensamentos. E a manifestação sonora - a palavra - é perceptível a todos que possam ouvi-la, mesmo que não compreendida devidamente quanto à essência esclarecedora, estando ausente a função cognitiva.
Como nem sempre verbalizamos exatamente o que sentimos e pensamos (na verdade nem sempre temos consciência do que sentimos e pensamos), a comunicação pode apresentar cargas vibracionais contraditórias, em dissonância com os princípios básicos da boa convivência. Nesse caso, a comunicação sonora se mescla à comunicação “silenciosa” das mentes, tornando o ambiente, principalmente para quem é sensível e percebe o invisível e inaudível, permeado das mais diversas vibrações, que se mesclam e confundem, causam intrigas, inseguranças e desconfianças.
Se entendermos que o ato de falar é também uma ação, bem como o pensar se trata de ação silenciosa, cabe a cada um de nós monitorarmos nosso poder de comunicação através da reflexão, da meditação, da respiração e do silêncio.
Todo cuidado é pouco: orai e vigiai seus pensamentos, palavras e atos.
Antes de falar, perceba-se, filtre, escute, respire e finalmente decida: falo ou silencio?
No xamanismo aprendi que antes da palavra, é necessário conferir poder construtivo à sua palavra. Não basta utilizar palavras de efeito positivo para alcançar efeitos positivos. Sem dúvida, palavras positivas atraem vibrações positivas. Porém, só existe um meio de carregar as palavras com bases sólidas para um futuro pacífico e feliz, para extrair delas seu potencial mágico e torná-la sagrada: é colocá-la na prática da verdade, é antes purificá-la.
A mentira não diminui o poder da palavra, ela só acaba com o poder de construção. Quando uma pessoa mente, e ela é descoberta, a sua palavra não vai mais surtir efeito, por mais lindas e poéticas que sejam as frases empregadas. A palavra para ser sagrada tem que ser acompanhada da conduta.
Cada vez que usamos a palavra para mentir, haverá uma redução do poder sagrado daquela palavra; mesmo quando a mentira não servirá para magoar alguém, ou como costumamos dizer: apenas uma mentirinha sem importância, conveniente.
Não se iluda! A escolha do que pensar e falar é sua, caso você não pratique o silêncio e o ato de filtrar o que passa em sua mente, você estará enfraquecendo o poder de construção e de metas vitoriosas.
Quando usamos a palavra para blasfemar, para julgar o próximo, para ironizar pessoas ou situações, damos péssimo uso à palavra.
Quando damos a palavra e não cumprimos, mesmo que seja para consigo (vou estudar, vou emagrecer, vou romper esta relação ...), ou para não estar presente em uma data ou local combinado, ou no cumprimento de prazos, ou mesmo que seja por esquecimento (nada acontece por acaso – esquecimento costuma ser ato falho), você enfraquece a sua ação construtiva.
Quando você pronuncia uma palavra dois fenômenos acontecem:
1. Seu cérebro acredita em você e fica registrado o compromisso. Portanto sinapses ficam em “espera” aguardando o cumprimento daquilo que foi dito. Neste caso, tanto a mentira como a procrastinação (adiamentos) são fortes causas para a perda de memória.
2. Há uma liberação da energia daquela palavra para o Universo. Como toda energia tem movimento (ondas), e como tudo o que você emite ao Universo, acaba voltando ao mesmo ponto, o padrão de vibração que vai, vem trazendo na volta vibrações semelhantes para quem as emitiu, como um bumerangue. Neste caso: semeou? A colheita acontecerá.
Sejamos, então, vigilantes das palavras que emitimos, compreendendo que, quando a palavra vale menos do que o silêncio, é preferível o silêncio. E se cada palavra emitida é uma energia, quanto menos falarmos desnecessariamente, mais energia, mais poder teremos ao pronunciá-la, compreendendo a sabedoria que também pode vir com o silêncio.
Portanto, meditar, refletir e estar em silêncio é um tipo PODEROSO de Exercício Cerebral.
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