segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Relâmpagos e trovoadas

Esta terra é tão bela
Quanto um poema
Que fale de você
Nesta noite imensa

Não espere que um anjo
Sopre a bala
A vida é o plural
Das coisas simples

O mundo tão maravilhoso
O tudo aprisionado no nada
A sua mão deslisando nos cabelos
Os olhos perdidos nos meus

Todos os desejos impuros se ajoelham
Ante o brilho das estrelas dos sul
Enquanto o vento espalha
Folhas vazias pela cidade

Tem sempre uma nuvem parada
Esperando no meu caminho
Mas não desvio
Trago uma paz dentro do coração

Seguindo o perfume
Carícia natural das flores
Todas as coisas se encaixam
No jardim dos nossos corpos

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