segunda-feira, 5 de novembro de 2007

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Esta noite de inverno
me faz sentir mais, ainda, tua falta...
Procuro teus braços que sempre me protegiam;
o peito que era meu aconchego,
as tuas pernas por onde meus lábios
podiam fazer-te homem realizado.
Noite que se faz presente...
Atormenta a minha alma, dilacera minha carne,
abre meu coração, me faz tremer,
como se em gozos múltiplos;
como se eu estivesse contigo...
Mas tudo ocorre por tua falta...
Este frio que haveria de dominar-me
é, então, jogado ao canto, como folha
a ser trocada de árvores,
que abrigaram nosso amor;
teus olhos, que eram a minha visão do mundo,
me fazem tornar-me mendigo cambaleante,
meio a bosques de imensa saudade...
Onde te busco de maneira louca e desenfreada.
Por fim, lanço-me de joelhos,
frente ao Senhor do Universo
e peço socorro a este coração ferido;
levanto-me mesmo que em chagas
e continuo minha peregrinação,
na certeza de que tu estas ai,
em algum lugar,
e me surgirás renovando-me...

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