domingo, 6 de julho de 2008

AUTO-JULGAMENTO

Se te decidires a praticar compreensão, adiantar-te ás,
consideravelmente, no caminho do amor, em direção à paz que se te fará
suporte à felicidade.Para isso, é imperioso te situes no lugar dos outros; de modo a que
não percas tempo, com qualquer julgamento leviano, capaz de arrojar-te em
complicações e enganos, por vezes, de lastimável e longa duração.
Se te observares na condição do agressor, imagina quão valioso se
te faria o perdão daqueles a quem houvesse ferido, após reconheceres que te
desmandaste num momento de desequilíbrio e loucura.
Fosses a pessoa encarcerada em penúria e doença e saberias
agradecer os gestos espontâneos de quem te doasse alguns minutos de
reconforto ou leves migalhas de auxílio.
Caso te visses no lugar da pessoa caída em tentação, reflete se
poderias haver resistido, com mais eficiência, ao assédio das sugestões
infelizes.
Estivesses na posição daqueles que controlam a fortuna ou o poder,
a influência ou a autoridades e examina, por ti mesmo, qual seria o teu
comportamento.
Colocando-te na situação dos companheiros em lágrimas que viram
partir entes amados, sob a neblina da morte, mentaliza a extensão do
sofrimento que te dilapidaria o coração ao perder a companhia daqueles que
mais amas.
De quando a quando, sujeita-te, no silêncio, aos testes dessa
natureza, dialogando intimamente de ti para contigo e descobrirás em ti as
fontes de renovação espiritual a te nutrirem os sentimentos com novos
princípios de tolerância e humanidade.
Realmente, advertiu-nos Jesus:
- “Não julgues para não serdes julgados.”O Divino Mestre, entretanto, não nos proclamou impedidos de julgar
a nós próprios, de modo a revisarmos nossos ideais e atitudes, colocando-nos
finalmente a caminho da própria sublimação.

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