quarta-feira, 2 de julho de 2008

A VOCAÇÃO PARA O CASAMENTO

Indubitavelmente, a felicidade é a aspiração primeira do

ser humano. Ninguém jamais deixou de procurá-la,

sonhando tê-la como nume tutelar de sua existência.

Alguns esperam consegui-la cedendo à inclinação que os

impele para a dignidade sacerdotal ou religiosa, mantendo-se,

castamente, no celibato. Mas são poucos. Constituem a exceção.

A esmagadora maioria espera encontrá-la mesmo é no

casamento. Natural que seja assim, pois é propósito da sabedoria

divina que o homem e a mulher, sendo um, complemento

do outro, se unam intimamente para alcançarem a plenitude da

vida.

Tal o sentido das Escrituras, quando preceituam: “Deixará

o homem o seu pai e a sua mãe, unir-se-á à sua mulher, e serão

ambos uma só carne.” (Gên., 2:24).

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Sabendo-se, como se sabe, que a felicidade conjugal

depende de que marido e mulher fusionem harmoniosamente

suas personalidades, tornando-se como que uma só pessoa,

parece evidente que, naquela uniões em que o coração não

intervenha será bem mais difícil possam eles estabelecer uma

base estável e sadia que lhes permita enfrentarem, juntos, as

vicissitudes da existência sem conflitos.

Desde, porém, que ambos estejam dispostos a envidar

todos os esforços necessários à colimação desse objetivo, será

possível que o consigam.

Não se tem visto tantos casais, sinceramente enamorados

um do outro, que começaram a união conjugal às mil

maravilhas e depois vieram a separar-se por insanável

desentendimento?

Em contraposição, não se conhece, também, inúmeros

matrimônios inconseqüentes que, malgrado os prognósticos

desfavoráveis, acabaram dando certo, sendo muito bem

sucedidos?

A razão é que cada casamento será, sempre, qual os

esposos o façam.

“A natureza deu ao homem a necessidade de amar e de

ser amado.” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, q. 938).

*

“O casamento constitui um dos primeiros atos de

progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a

solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, se

bem que em condições diversas. Abolir o casamento seria

regredir à infância da Humanidade e colocar o homem abaixo

mesmo de certos animais que dão o exemplo de uniões

constantes.” (Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, q. 696).

*

“Não te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os

dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e

profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida

permutada, de coração para coração, na qual o casamento

se lança sempre para o Mais Alto, em plenitude de amor eterno.”

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