sexta-feira, 9 de novembro de 2007

CONTRADIÇÃO

Esta contradição que há em mim
deixa-m sem norte perdida
caminho ao acaso na estrada
não sei onde ficou a partida
vou por ruelas estreitas
dexando os meus passos a vogar
como se fossem avenidas
os becos onde acabo por chegar
vislumbro um céu azul
para lá da nuvem que o sol tapa
julgo ser um coração que se vislumbra
dando carinho ao meu ser
nas ondas revoltas do mar
julgo encontrar a ternura
olho e mergulho meu pensar
nesta rua estreita da margura
tento enganar esta ilusão
que verte sombras sobre cálice da vida
mas oh minha desilusão
fiquei sem saber qual a saida
assim vou de pedra em pedra
nas rochas que me envolvem
ora encontro calhaus polidos
ora pedregulhos acerados
qu ferem meus sentidos
e neste turbilhar de pensamentos
vogo ao sabor da maresia
enfrentando esta paixão
que me persegue noite e dia
e me deixa a naufragar
na contradição

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