quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Com todas as minhas forças

Quando ando nas ruas
Vejo fantasmas cinzas
Enfilerados nas calçadas
Observando o trânsito caótico
Feito gerânios balançando ao vento
Ou então acompanhando as pessoas
Nas plataformas dos trens
Ninguém percebe a companhia
Enquanto a amargura da vida
Desfaz os castelos de cartas
Todos os pássaros cantam
A beleza de um amor impossível

O desejo deixa um peso
Âncora afogada num oceano azul
Presa aos corais
Navios despedaçados
Criei raizes nas nuvens
Na terra da loucura
Fiz uma limpeza
No tecido espiritual
Com agua e sabão de glicerina
Apenas os sonhos perdidos voltaram
Fiquei vazio mas tanto
Que nada mais importa

A batida do coração
Tambores de guerra
Traz lembranças fatalistas do futuro
O reinado da poesia se foi no ralo
Outras perfomances são esperadas
Algemas místicas prendem-me ao destino
O fruto do amor é uma existência dentro do céu
Talvez você esperasse mais algumas linhas
Mas o que esta feito apenas esta feito
A mão flutua no verso
Vozes que falam de cometas
Sentimentos são auroras

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