domingo, 11 de novembro de 2007

Resumo da Ópera

No espelho
que vejo
a bruxa a fada
na valsa dos gnomos
a abelha a aranha
o palhaço fora da máscara
a teia despencando sobre a colméia
um astronauta sem cuecas na estratosfera
é tão poético...
é tão patético...
profético é afirmar que somente os poetas
[sabem ler os poetas...
alguns se perdem
outros atrofiam enquanto suspiro...
O que vejo? No espelho
a produção construtiva de um mísero verme
Na carapuça,
na guerra santa a deriva
no explodir “strano”
strano! strano!
No estranho expelem-se respostas dos corpos
e das entranhas
do forte e do fraco no cabo de aço
a ausência da flexibilidade perante a visão
[dos maus tratos
É o caco no cal
é caco no caos
são os cacos...
o espelho partiu
toda ópera é constituída de dramas & tramas

O que é o espelho?
O próximo mais aproximado
nas raízes das vozes da relatividade
entre o bem e o mal
existe
mais o quê...?

O psicótico acredita ser
a luz vermelha
prá alguns tudo sempre se dilui
prá quem faz uso da Alquimia
sou o banho d’água morna e fria
sou o que sou
sem eletro choques
ela não é ele, ele nunca será ela
somos seres repletos de líquidos
no meio de átomos e milhões de porquês

Angústia
a andar de mãos dadas com o fim do túnel
o som do beijo é o do desejo
com o desejo se dão os beijos
o batom verde no colarinho é o crime perfeito

Dentro da manga do colete
saiu um dos espelhos...
e
nem sei bem se eu mesma sei bem o porquê

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